Coordenadoria Regional de Educação – CRE-9
Professora Formadora de Ciências Humanas e suas tecnologias: Roseli
Minzon
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MULHER NOVA
INTRODUÇÃO
Este Projeto é voltado para os
alunos do Ensino Médio das escolas públicas jurisdicionadas à Coordenadoria
Regional de Educação de Nova Andradina e visa conscientizar os estudantes sobre
os tipos de violência contra a mulher, as leis pertinentes, a equidade de
gênero e combater a violência contra a mulher em todas as esferas.
O intuito ao tratar desses
temas nas escolas é promover a reflexão e a conscientização dos jovens do
Ensino Médio, tornando-os cidadãos com novos olhares e comportamentos, para que
sejam verdadeiros agentes transformadores em seu contexto social.
Para Silva (2000), a escola,
principalmente a sala de aula, é um lugar extraordinário para promover a
cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos
a diferenças de gênero e sexualidade. Por isso a importância da discussão
desses assuntos de forma crítica e problematizadora, questionando as questões
ditas como “naturais” pela sociedade e indagando os estudantes sobre as
relações de gêneros construídas socialmente.
JUSTIFICATIVA
As ideias
feministas que denunciam as desigualdades entre homens e mulheres têm uma
história bastante antiga, já no final do século XVIII, no contexto da Revolução
Francesa, havia pensadoras feministas como a francesa Olympe de Gouges
(1748-1793), autora da Declaração dos direitos da mulher e da cidadã (1791), e
a inglesa Mary Wollstonecraft (1759-1797), que escreveu Defesa dos direitos da
mulher (1790). Esses escritos foram inspirados pelos ideais de liberdade e
igualdade difundidos pela Revolução Francesa e exigiam a igualdade das mulheres
frente a seus companheiros. No entanto, essas reivindicações não eram
socialmente reconhecidas, e a escritora Olympe de Gouges foi guilhotinada
devido à radicalidade de suas demandas.
Se por um lado as
diferenças de sexo são herdadas biologicamente, como ensinam os livros de
Ciências, por outro lado é graças ao processo de socialização que
são incorporados os valores, as crenças e os costumes da sociedade à qual se
pertence.
Casar, para ela, não era negócio de paixão, nem se inseria nos
sentimentos ou nos sentidos, era uma ideia, uma pura ideia. Desde menina ouvia
a mãe dizer: “Aprenda a fazer isso, porque quando você casar”. A todo instante e a toda
hora, lá vinha aquele – “porque quando você se casar “… - e a menina foi se
convencendo de que toda a existência só tendia para o casamento. A instrução, as satisfações íntimas, a
alegria, tudo isso era inútil; a vida se resumia numa cousa: casar. (BARRETO,1911, p.60)
A citação do livro
de Lima Barreto escrito na década de 1910 deixa evidente o papel da mulher
naquela época, por mais que décadas tenham passado, ainda há muitas pessoas que
acreditam que o papel da mulher continua o mesmo: nascer, casar e ter filhos.
Já na década de
1960, Simone de Beauvoir, percebia as mudanças que estavam ocorrendo no cenário
feminino, por mais que famílias tradicionais insistiam em relacionar a mulher,
única e exclusivamente à questão do casamento:
O Destino que a sociedade propõe
tradicionalmente à mulher é o casamento. Em sua maioria, ainda hoje, as
mulheres são casadas, ou o foram, ou se preparam para sê-lo, ou sofrem por não
o ser. É em relação ao casamento que se define a celibatária, sinta-se ela
frustrada, revoltada ou mesmo indiferente ante essa instituição. [...] A
evolução econômica da condição feminina está modificando profundamente a instituição
do casamento: este vem se tornando uma união livremente consentida por duas
individualidades autônomas; as obrigações dos cônjuges são recíprocas e pessoais;
o adultério é para as duas partes uma denúncia do contrato; o divórcio pode ser
obtido por uma ou outra das partes em idênticas condições. A mulher não se acha
mais confinada na sua função reprodutora: esta perdeu em grande parte seu
caráter de servidão natural, apresenta-se como um encargo voluntariamente
assumido; e é assimilado a um trabalho produtivo porquanto, em muitos casos, o
tempo de descanso exigido pela gravidez deve ser pago à mãe pelo Estado ou pelo
empregador. (BEAUVOIR, 1967, p. 165).
Este projeto
pretende mostrar que não há condições em ser mulher, mas que o respeito tem que
existir perante as diversas escolhas que possam ser feitas no decorrer de suas
vidas e que antes de ser mulher, homem, homossexual, heterossexual, etc., é o
ser humano que merece ser estimado.
A impunidade pela violência contra a mulher agrava os efeitos de
dita violência como mecanismo de controle dos homens sobre as mulheres. Quando
o Estado não responsabiliza os autores de atos de violência e a sociedade
tolera, expressa tal violência, a impunidade não só estimula novos abusos, como
também transmite a mensagem de que a violência masculina contra a mulher é
aceitável, ou normal. O resultado dessa impunidade não consiste unicamente na
denegação da justiça às diferentes vítimas/sobreviventes, mas também no
fortalecimento das relações de gênero reinantes, e reproduz, além disso, as
desigualdades que afetam as demais mulheres e meninas (ONU, 2006).
Os autores pelos atos de violência precisam ser responsabilizados,
a impunidade somente gerará mais violência, os atos de desrespeito, de
agressões não podem ser considerados como “normais”, para a mudança é
necessária a consolidação da mulher em todas as áreas e que não haja somente
leis, mas que se faça cumprir as leis. Como aconteceu com a Lei Maria da Penha
(Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006) cujo nome é uma homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes que por
vinte anos lutou para ver seu agressor preso.
Segundo o Conselho
Federal de Serviço Social (2009, p. 02), a compreensão crítica da realidade em
uma perspectiva de totalidade pressupõe entender os fenômenos sociais em suas
dimensões objetivas e subjetivas, particulares e universais, determinados pelo
processo de produção e reprodução das relações sociais.
O Conselho Federal de
Serviço Social visa entender todo o processo de construção das relações de
gênero em todos os âmbitos e não fragmentando as diversas realidades
existentes.
As diferentes estratégias de luta efetivadas
pelo movimento feminista nas últimas décadas possibilitaram dar visibilidade às
formas de violência de gênero e doméstica contra as mulheres como uma questão
pública a ser enfrentada no âmbito dos direitos humanos e da luta por uma nova
sociedade sem opressão e exploração, superando assim uma visão equivocada que
concebia este tipo de violência como expressão das relações pessoais, que por
acontecer no âmbito privado não deveria ter intervenção pública. (Conselho
Federal de Serviço Social, 2009).
Assim como foi citado
acima pelo Conselho Federal de Serviço Social e relacionando à frase famosa
mencionada por Carol Hanisch, “o pessoal é político”, todas as questões que
ocorrem no âmbito privado têm interferência no público, pois o que acontece com
uma mulher em sua casa, pode vir a acontecer com várias mulheres em várias
casas. Por isso a necessidade de debates, conversas e denúncias para as
mulheres encorajarem-se e unirem-se em busca de seus direitos e equidade em
relação aos homens.
Segundo as Diretrizes Nacionais Feminicídio (2006.
p.20),
“feminicídio” ou “femicídio” são expressões
utilizadas para denominar as mortes violentas de mulheres em razão de gênero,
ou seja, que tenham sido motivadas por sua “condição” de mulher. O conceito de
“femicídio” foi utilizado pela primeira vez na década de 1970, mas foi nos anos
2000 que seu emprego se disseminou no continente latino-americano em
consequência das mortes de mulheres ocorridas no México, país em que o conceito
ganhou nova formulação e novas características com a designação de “feminicídio”.
[...] A formulação do conceito de “femicídio” (femicide, em inglês) é
atribuída a Diana Russel, socióloga e feminista anglo-saxã, que o empregou pela
primeira vez para definir o “assassinato de mulheres nas mãos de homens por
serem mulheres”. No Brasil foi aprovada em 2015 a lei 13.104 de 9 de Março de
2015.
A escola e a sociedade
em geral têm que fomentar o direito à igualdade, todo ser humano é único e merece
ser respeitado e valorizado pelo que é em sua singularidade.
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico,
psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade;
é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o
macho e o castrado que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem
pode constituir um indivíduo como um outro.
(BEAUVOIR, 1967, p. 9)
Ao
nascer, todos são iguais, independentemente de ser menino ou menina, têm-se os
mesmos desejos, vontades, choros; com o passar dos anos a sociedade vai
tornando o menino em homem e a menina em mulher e é nesta questão de “formação”
de homens e mulheres que este projeto tentará contribuir. Pois a escola
transforma pessoas, forma sujeitos e para a mudança acontecer é preciso reconhecer
que ainda há dominação masculina. Cabe ressaltar que sem o direito das
mulheres, não há direitos humanos de fato, a luta das mulheres não é somente pela
criação e aprovação de leis, mas pelo seu cumprimento.
A educação é um princípio
fundamental para a prevenção e combate à
violência, por isso, sabe-se que a escola é primordial na desconstrução
da violência contra a mulher. Ao levar diversos conteúdos que tratam essa
temática, como a Lei Maria da Penha, a Campanha Laço Branco, os princípios de
empoderamento das mulheres, a Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da
violência contra as mulheres, objetiva-se conscientizar e promover uma
transformação da realidade.
OBJETIVO GERAL
Oportunizar uma mudança
cultural a partir da disseminação de atitudes igualitárias e reflexões de
valores éticos, de respeito e de valorização da mulher.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Descontruir a cultura de violência em
desfavor do gênero feminino, a qual está historicamente arraigada no seio
social;
- Desenvolver a reflexão e o debate crítico
sobre a violência contra a mulher e os meios de combatê-la;
- Conscientizar estudantes contra a prática da
violência doméstica e familiar contra a mulher;
- Reduzir os índices de violência contra as
mulheres;
- Estimular
o pensamento crítico referente a questões feministas e machistas;
-
Inteirar-se sobre as leis aprovadas no Brasil sobre a questão da mulher;
-
Conhecer o contexto histórico do Feminismo.
METODOLOGIA
Cabe ao professor como
mediador tecer oportunidades para que os estudantes possam ampliar o seu
conhecimento e dinamizar o seu processo de aprendizagem, enaltecendo suas
competências e habilidades sobre um tema tão polêmico, refletindo e tornando-se pessoas que respeitem o diferente e o
próximo, independente de seu sexo ou escolhas sexuais.
Assim, este projeto visa trabalhar
com os jovens do Ensino Médio da Educação Básica da Rede Estadual do Estado de
Mato Grosso do Sul sob a jurisdição da Coordenadoria Regional de Educação de
Nova Andradina (CRE-9).
Entre as diversas
possibilidades de trabalho com o tema, segue abaixo algumas sugestões:
- Momentos
de Aprendizagem: O professor/mediador iniciará este momento
fazendo as seguintes perguntas (entre outras que considerar pertinente) para um
levantamento prévio do conhecimento dos estudantes sobre o tema: Quantas mulheres são agredidas no Brasil
diariamente? Quais as principais causas da violência contra a mulher? Qual a
porcentagem de mulheres que sofrem abuso sexual de seus esposos? Por que muitas mulheres optam por não
denunciar a violência que sofrem? O que muitas mulheres fazem diante disso? Todas
as cidades brasileiras apresentam delegacias especializadas em mulheres? Caso
haja necessidade, os estudantes poderão ser organizados em grupos para
pesquisarem sobre as perguntas levantadas;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador poderá
trabalhar os vídeos: “Era uma vez uma Família”, “Era uma vez uma outra Maria”, “Minha
vida de João” (parte 1, 2 e 3), “Juíza” (porta dos fundos), todos encontrados
no site do youtube e depois discutir sobre o tema dos vídeos;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador apresentará
os textos “Memória 8 de Março: conquistas e controvérsias” (Eva Alterman Blay,
abril de 2004), “Hoje recebi flores” (autor desconhecido), ou outros textos que
considerar oportuno para leitura e produção de um artigo de opinião pelos
estudantes;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador solicitará
que os alunos se organizem em grupos e façam uma pesquisa
bibliográfica para ser apresentada em sala de aula sobre a importância dos
métodos contraceptivos na vida das mulheres e sobre a importância do
preservativo masculino para os homens.
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador promoverá
estudos de casos e poderá elaborar algumas questões problematizadoras. Sugestão
de casos para estudo: assassinato da adolescente Eloá (Santo André/SP) e da musicista Mayara Amaral (Dourados/MS); ocorrências
de violência doméstica, como por exemplo, Maria
da Penha, Luiza Brunet, Luana Piovani e Rihanna; ocorrências de violência
virtual "Lei Carolina Dieckmann" e outros casos nos links: http://violenciacontraamulher2011.blogspot.com.br/p/historias-reais.html/
- http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/ele-cavou-uma-cova-para-mim-diz-mulher-vitima-de-violencia.html/ - http://anabelamotaribeiro.pt/violencia-domestica-o-caso-de-rosa-193406
- http://187.45.205.122/Default.aspx?tabid=994
;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador organizará
um júri simulado com o tema: "Comportando-se como homem e como mulher,
afinal, isso é natural ou cultural? Para esta atividade, será necessário sortear
16 alunos (8 para natural e 8 para cultural), os demais farão parte do júri. O
grupo natureza deverá levantar razões de cunho biológico para defender a forma
pela qual homens e mulheres se diferenciam, enquanto que o grupo cultura deverá
buscar causas sociais para argumentar sobre essa diferenciação. Cada grupo
deverá pesquisar em jornais, revistas, livros, etc., para sua fundamentação. O
alunos que farão parte do jurí deverão votar
"natureza" ou "cultura", sendo obrigatória uma
justificativa oral e escrita argumentando sobre suas escolhas. O professor/mediador
será o juiz.
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador promoverá um
debate. No primeiro momento deverá dividir
a sala entre homens e mulheres; cada grupo receberá uma lista com tópicos para
reflexão e seleção de 10 itens para posterior apresentação e argumentação.
1 - Quem é mais importante: homem
ou mulher? (profissional, família, biológico, social); 2 – Quem trabalha mais:
homem ou mulher?; 3 – Quem tem mais responsabilidade: homem ou mulher?; 4 – Por
que o seguro de carro é mais barato para mulheres?; 5 – Quem é mais explorado:
homem ou mulher?; 6 – Quem é mais
acomodado: homem ou mulher?; 7 - Nasce mais homens que mulheres; 8 - Na
juventude morrem mais homens; 9 - Homens não engravidam; 10 - Mulheres não
aguentam trabalhos braçais; 11 - Mulher é amor; 12 - Homem é desejo; 13 - A
mulher ainda é mais dependente do homem; 14 - Mulher é emoção; 15 - Homem é
razão; 16 - Mulheres cozinham melhor; 17 - Homens não sabem limpar a casa; 18 -
Mulheres menstruam; 19 - Homens têm que fazer o exame de toque aos 40 anos; 20
- Mulheres envelhecem mais rápido; 21 - Mulheres vivem mais; 22 - Homens ainda
sustentam a maior parte da casa; 23 - Homens têm mais filhos; 24 - Mulheres
sofrem com a menopausa; 25 - É mais difícil ser homem ou ser mulher?; 26 -
Homens começam a trabalhar mais cedo; 27 - Mulheres efetuam melhor suas
atividades; 28 - Há mais homossexualidade por parte dos homens; 29 - Homens são
mais práticos; 30 - Mulheres são mais detalhistas; 31 - Mulheres aposentam mais
cedo; 32 - Para homens é obrigatório o alistamento militar; 33 – Mulher é menos
remunerada que o homem;
No segundo momento, cada
grupo, de frente para o outro, deverá posicionar-se sobre o que foi discutido, defendendo
seu gênero feminino/masculino.
O objetivo deste trabalho é
fomentar a discussão entre meninos e meninas e o papel do professor/mediador
será de intervir ressaltando que não há ninguém que seja mais importante, mas que
um precisa do outro, ou seja, que os itens discutidos são apenas pontos para
reflexão;
- Momentos de Aprendizagem: Promover palestras sobre o tema com o auxílio
da Secretaria Executiva de Política Pública para Mulher, Centro de Atendimento
à Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Delegacia de Atendimento à
Mulher e Ministério Público de Nova Andradina;
- Momentos de Aprendizagem: Se possível escolher um dos encontros
Família e Escola para trabalhar este tema com toda a comunidade escolar;
- Momentos de Aprendizagem: Trazer para a sala de aula
diversos textos sobre o tema para leitura e discussão com os estudantes;
- Momentos de Aprendizagem: Trabalhar com o filme “O Sorriso
de Mona Lisa” (2003) e discutir sobre os conflitos destacados no filme;
- Momentos de Aprendizagem: Analisar charges sobre a questão
da mulher, para posterior produção textual ou de charges sobre o cenário atual
da mulher. Para esta atividade poderá ser consultado o link: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14636
;
- Momentos de Aprendizagem: Pedir uma pesquisa sobre as conquistas das
mulheres: Direito de voto; Direito do
divórcio; Direito de dirigir; Direito à matrícula no Ensino Superior; Direito
de ocupar cargos executivos; Direito de optar ou não pelo uso do sobrenome do
marido; Direito de realizar atividades profissionais como os homens. Ex.
motorista, taxista, pedreira, juíza, entre outras. Os temas poderão ser
sorteados entre os grupos de estudantes para posterior socialização com a
turma.
- Momentos de Aprendizagem: Elaborar uma entrevista juntamente com os
estudantes para ser aplicada com mulheres de faixas etárias diferentes a fim de
saber suas opiniões sobre temas diversos. As informações coletadas serão
analisadas posteriormente em sala;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador organizará os
estudantes em grupos e solicitará uma pesquisa sobre as mudanças provocadas
pelas mulheres ao assumirem novas posturas em diferentes décadas. (Cada grupo
ficaria responsável por pesquisar uma década);
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador organizará os
estudantes em grupos e solicitará uma pesquisa junto aos órgãos competentes do
Munícipio dos casos de violência doméstica;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador selecionará alguns
trechos do livro de Simone de Beauvoir “Segundo Sexo” para trabalhar e discutir
com os estudantes em sala de aula;
- Momentos de Aprendizagem: O professor/mediador selecionará e
levará para a sala de aula reportagens, notícias ou mesmo artigos sobre o
tratamento conferido à mulher no mercado de trabalho;
- Momentos de Aprendizagem: Formar grupos e pedir que os
estudantes levem para sala de aula a gravação de algum comercial onde grupos de
minorias sejam usados para vender o produto de modo preconceituoso.
- Momentos de Aprendizagem: Pedir para que os alunos façam uma
pesquisa com mulheres que se destacam em seu ambiente de trabalho;
- Momentos de Aprendizagem: Separar os alunos em grupos,
propor diferentes temas para os estudantes pesquisarem e apresentarem em forma
de seminário: Lei Maria da Penha, Campanha Laço Branco, princípios de
empoderamento das mulheres, Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da
violência contra as mulheres, delegacia da mulher Lei 5.467/1986, pesquisas em
sites do Ibope, Perseu Abramo, Inep, tráfico de mulheres, Constituição Federal
artigo 226, parágrafo 8, Leis estaduais 4.969/2016, estupro, violência
doméstica, etc.;
- Momentos de Aprendizagem: Estimular a participação no “Concurso
de Redação” (25 Novembro - Dia Internacional da
Não-violência Contra a Mulher)
com o tema: “Todos juntos no Combate à Violência Contra a Mulher”.
CRONOGRAMA
Etapas
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JJul
|
AAgo
|
SSet
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OOut
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NNov
|
DDez
|
Elaboração do projeto
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xX
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Momentos de
aprendizagem/ Pesquisas/Palestra/
Desenvolvimento
das aulas.
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xX
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XX
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Oficinas.
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X
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XX
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Socialização e
finalização do projeto
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XX
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Análise dos
resultados
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XX
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REFERÊNCIAS
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