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Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), licenciatura (2006) e bacharelado (2007) com ênfase em Sociologia, Antropologia e Ciência Política, possui graduação em Pedagogia e Filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Pós-graduada em Educação: métodos e técnicas de ensino pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Filosofia e Sociologia pela Faculdade Alfa de Umuarama, e em Metodologia e Didática no Ensino Superior pelo Instituto de Estudos Avançados e Pós-graduação, atualmente é professora formadora em educação profissional na Coordenadoria Regional do Estado do Mato Grosso do Sul na jurisdição de Nova Andradina.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

19/06/2017
Roseli Silva Minzon



RESUMO TEXTO
Redes e estágios de colaboração na construção de um currículo baseado em competências no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
Azenaide Abreu Soares Vieira
IFMS, campus Nova Andradina - MS/Brazil
azenaide.vieira@ifms.edu.br
Laryssa Amaro Naumann
IFMS, campus Nova Andradina - MS/Brazil
laryssa.dias@ifms.edu.br
Este texto é baseado em uma visão transdisciplinar no currículo do IFMS de Nova Andradina, compenetrado na aprendizagem ativa. A pesquisa se faz necessária para a preparação de profissionais para o século XXI. Uma pesquisa qualitativa, descritiva e explicativa com procedimentos técnicos de pesquisa-ação. Este estudo observou a necessidade de construir currículos não somente científico mas que considerem o aprender a fazer, a conviver, a aprender e a ser.
INTRODUÇÃO
Programa de formação VET, professores para o Futuro em 2016, é uma parceria entre o Brasil e a Finlândia cujo o objetivo foi capacitar professores do IFMS para o fortalecimento de redes colaborativas de aprendizagem.
Durante o período na Finlândia os professores foram inflamados a rever e proporcionar outras práticas de docência para a Educação Profissional no Brasil, através inúmeros projetos de intervenção, ensino, pesquisa e extensão.
Um dos exemplos de Projeto de Intervenção foi, aprendizagem ativa: práticas educacionais finlandesas em contexto educacional brasileiro, expandido por diferentes profissionais dos Institutos Profissionais (IF) do Brasil, esse projeto culminou em reformular práticas pedagógicas da Educação Profissional com base no modelo Finlandês através de vários trabalhos em rede.
Esse projeto amparou conhecimentos práticos, maior rede colaborativa de aprendizagem online e estruturação de parte do currículo da pós-graduação objetivando metodologias de aprendizagem ativa, conteúdos integrados e transdisciplinares.
Há a necessidade de construir um novo modelo de curso de formação docente, tirando a aprendizagem centrada na figura do professor com um currículo organizado por múltiplas disciplinas. Porém esse modelo integrado ainda é um enigma para a maioria dos institutos federais por não acontecer a integração disciplinar cotidianamente por diversos impedimentos e por não ter formação voltada para a interdisciplinar e transdisciplinar.
Os professores participantes do Programa VET III entenderam como muito importante a integração de disciplinas de um módulo da especialização em docência para Educação profissional, científica e tecnológica.
Este texto está focado na aprendizagem ativa, observa os estágios de colaboração dos professores envolvidos, apresentando a taxonomia de Bloom, currículos baseados em competências e interação de grupos para o desenvolvimento de redes colaborativas.
Como se caminha? Caminhando. Relato de trilhas ora teórica ora prática
A especialização em docência para a Educação Profissional, Científica e Tecnológica projeta construir uma dinâmica que fosse favorável à aprendizagem ativa, onde o estudante é o centro do processo de aprendizagem privilegiando o desenvolvimento de competências e atitudes. Logo, criar uma nova proposta didático-pedagógica para a segunda parte do curso de especialização em docência para a Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
O objetivo é a formação integral do profissional do século XXI. Segundo as autoras e com base em Araújo, reinventar nosso contexto educativo nos parece um passo necessário para atender uma sociedade democrática, inclusiva, composta por diferenças e pautada no conhecimento inter, multi e transdisciplinar.  Por isso necessita-se de um novo significado e assim  se afaste cada vez mais do arquétipo tradicional.
Porém tem-se uma ciência da complexidade que desafia na elaboração de caminhos diferentes para melhorar a formação docente oferecida pelo IFMS, campus Nova Andradina, com o objetivo de preencher, mesmo de forma não completa, ao vazio existente entre o paradigma contemporâneo de ensino e aprendizagem ativa, e o paradigma presente na prática de professores em programas de formação docente.
Compreende-se que há uma busca para que a escola se transforme. Diversos autores apontam para a necessidade de no século XXI, os profissionais da educação estarem preparados para uma nova realidade, com uso de tecnologias, inúmeras competências e habilidades dentro deste cenário mutável, e é a inquietação que move as pesquisadoras a realização deste trabalho sendo o professor mediador e o uso da aprendizagem ativas.
Assim as professoras apresentaram o seguinte segmento: as trilhas teóricas e práticas adotadas para a transformação do modelo de formação, com o panorama na aprendizagem teórica e pouco desenvolvimento de modelos práticos junto aos pós-graduandos, professores da rede municipal, estadual e federal de Nova Andradina e região.
Primeira trilha: a constituição da rede
O primeiro passo foi  instaurar a rede de profissionais para pensar o problema e co-construir um modelo curricular alinhado aos 4  pilares da educação brasileira contemporânea de Delors, com foco na aprendizagem ativa dos estudantes, acrescido aos conceitos da aprendizagem colaborativa. Esta  equipe se caracterizou como multidisciplinar e  adotou em sua prática, para criação do currículo transdisciplinar, o paradigma da Aprendizagem Baseada em Problema e uma das maiores dificuldades foi a falta de experiências dos professores nesse método em suas formações.
A equipe formada tem funções amplas e complexas entre elas mediar discussões; atuar para manter o grupo focado; motivar a equipe, se motivar; estimular o uso da função de pensar, observar, raciocinar e entender. Para isso o membro da rede deve, antes de ativar a inteligência do outro, ativar a própria inteligência e trabalhar com exemplos práticos. Neste processo houve várias fases distintas, que serão elencadas a seguir.
Segunda trilha: a criação do modelo curricular
A meta da especialização é “oferecer, em nível de pós-graduação lato sensu, formação docente para a apropriação e o desenvolvimento de conhecimentos acerca das especificidades da Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Resumindo, a finalidade do curso é promover momentos de reflexão e aprendizagem em relação ao processo de ensino e aprendizagem em Instituições da Rede Federal de Educação Profissional.
A proposta da especialização é composta por três módulos, essa nova proposta de integração foi inserida no Módulo II. A integração foi estabelecida, primeiramente, a nível de alterar as ementas das disciplinas do módulo, centradas em conteúdos, em ementas que levassem em conta, principalmente, as competências que deveriam ser desenvolvidas pelos pós-graduandos ao longo do semestre.
Segundo as autoras Soare apresenta contribuições importantes para construção de currículos baseados em competências. Para este autor, competência é a concepção central que envolve todos os níveis, domínios e disciplinas do currículo.
Cônscio de que o trabalho envolveria não somente a obtenção de conhecimentos teóricos, mas o desenvolvimento de valores e atitudes, a equipe procurou pensar nos possíveis resultados do trabalho pedagógico centrado em cada conteúdo previsto na ementa da disciplina.
O círculo de planejamento foi constituído a partir da percepção de que tanto professores como técnicos pedagógicos não foram preparados para a implementação de currículo integrado, transdisciplinar, ancorado no paradigma da aprendizagem ativa em todos níveis, Para Pacheco (2013), o círculo, denominado na Escola da Ponte em Portugal como de estudos, fomenta, na verdade, a autoformação do professor, tendo em vista que os professores “partilham não apenas o que sabem, mas aquilo que são”. (PACHECO, 2013, p. 80). O modelo de formação em círculo, para o autor, é “mais uma manifestação do desenvolvimento do que um pretexto para ensinar a ensinar”. (p. 81).
O círculo trata-se de um momento de troca de experiências formativas, aprender com o outro, construir práticas educativas centrada nos quatro pilares da educação contemporânea: aprender a conhecer, fazer, conviver e ser e no estudante.
Terceira trilha: o círculo de planejamento e os ambientes de aprendizagem
A equipe se organizou em duplas compostas pelos docentes que assumiram a mediação dos encontros presenciais (aulas) e por um técnico pedagógico, responsável por colaborar tanto no planejamento das atividades quanto na mediação do processo de aprendizagem de cada estudante em ambientes online de aprendizagem.
Uma vez por semana, a equipe se reunia levando em consideração o feedback das atividades anteriores, era proposta uma nova atividade, a partir de processos de metodologias ativas, centradas nos estudantes.
Na etapa final do curso, as famílias foram convidadas a “planejar com” os mediadores e aplicar as aulas para os demais cursistas.

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